A importância do Manual de Identidade Visual (MIV)

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Muitos acreditam que o Manual de Identidade Visual (MIV) é voltado para designers e publicitários. Também é mas, em muitos casos, os seus usuários são os próprios colaboradores das empresas que, provavelmente em algum momento, terão que utilizar dessa ferramenta para fazer a aplicação da marca em materiais simples, como folha timbrada, uniforme ou um banner para alguma ação especial. 

Desta forma, o MIV tem que ser o mais autoexplicativo possível e deve fazer sentido. Como designer aqui da Simples, realizamos a criação de algumas dezenas de projetos de identidade visual e prezamos pela entrega do MIV ao cliente, sempre que possível, para confirmar a autonomia deste na utilização da marca em outras peças.

Vou detalhar a importância do MIV e as características para melhor elaboração deste manual, que servirá tanto para quem é da área, quanto para as empresas saberem o que solicitar ao fechar um orçamento com uma agência. 

Primeiro, vamos começar por:

O que é um Manual de Identidade Visual?

Manual de identidade Visual, Manual de Marca ou, simplesmente, MIV, é um documento que une todas as diretrizes, normas técnicas e recomendações para a identidade visual criada e seu universo gráfico. Ele pode ser um arquivo em pdf, um livro ou uma folha de papel (A4, A3…) ou todas elas, dependendo do tamanho da empresa e de quanto complexo as suas representações visuais.

Por que criar o MIV? 

Para regular, em âmbito geral, todas as possíveis aplicações da marca a serem criadas a partir da lógica de construção estabelecida para ela, orientando para não haver discordância entre as mesmas peças gráficas criadas.

Para que serve o Manual de Identidade Visual?

A criação do Manual de Identidade Visual serve para o designer e o público geral orientar-se através desse documento na criação e aplicação da marca (da empresa, do produto, etc) auxiliando, assim, na construção da reputação e da presença de marca, valorizando os serviços e produtos da empresa ou cliente. Unidade, seriedade e competência são transmitidas quando sua empresa apresenta um conjunto visual coeso e adequado. 

O que compõe um MIV?

Em muitos casos, o manual explica, de maneira resumida, os conceitos que levaram a desenvolver aquela identidade visual ou, até mesmo, os valores e norteadores estratégicos para melhor entendimento do universo da marca e suas aplicações.

Um Manual de Identidade pode ser completo ou sucinto e objetivo, não existem regras rígidas para sua criação. Porém, em seu conteúdo devem constar alguns tópicos importantes para sua funcionalidade. No caso da Simples, depende muito do projeto que é executado e de seu universo gráfico porém, por aqui, de maneira geral, costumamos estruturá-lo da seguinte maneira:

  • DESCRIÇÃO DA MARCA
    • Introdução: falamos brevemente sobre a empresa e qual o objetivo daquele documento (em muitos casos colocam-se os norteadores estratégicos da empresa e/ou os conceitos da identidade visual).
  • ASSINATURA VISUAL
    • Apresentação da identidade visual: apresenta-se as versões prioritárias da marca (o ponto de partida de qualquer aplicação do logo) e suas variantes admissíveis, como versões verticais e horizontais, com decodificadores, slogan e símbolo.
    • Margem de Segurança: são diretrizes para aplicar o logo em conjunto com outros logos ou elementos gráficos, dando o respiro mínimo necessário para a visualização adequada da identidade visual.
    • Cores ou padrão cromático: item muito importante para que a identificação da marca não perca as característica principais, neste tópico expõem-se de maneira explicativa os códigos de cada cor, CMYK, RGB e número Hexadecimal das cores institucionais da marca. Em alguns casos existe a necessidade de incluir diretrizes para aplicações de cores específicas como Pantone, cores para serigrafia e até mesmo cores de linhas de bordado (variando conforme o meio de aplicação a ser utilizado). Também, se houver, necessidade incluem-se as cores secundárias ou de apoio (cores que não são as cores principais da marca, porém elas ajudam nas composições gráficas).
    • Redução Máxima: Para que a identidade Visual não fique ilegível ou vire um borrão, também existem algumas diretrizes. Para redução do logo avalia-se principalmente a questão da legibilidade: são necessários testes impressos para ter uma melhor visualização e assim avaliar o tamanho adequado a utilizar-se. Em alguns logos específicos, há a necessidade de retirar o decodificador para gerar melhor apresentação na sua aplicação ou, até mesmo, ser representado apenas pelo símbolo a partir do tamanho X respeitando também sua redução (identidade responsiva).

  • APLICAÇÃO DA MARCA
  • Apresentam-se neste tópico outros elementos que compõem a identidade visual:
    • Padronagem: São elementos visuais que, em muitos projetos, vêm para agregar nas composições gráficas.
    • Tipografia institucional: A tipografia é outro fator importante para manter as características da marca. Sua aplicação vai além de documentos oficiais, presentes também em textos publicitários e materiais impressos e meios digitais, como sites e postagens. É ela que vai manter a coerência visual dos textos. Empresas de grande porte optam por criar sua própria tipografia mas, na maioria dos casos, é escolhida uma tipografia principal (composta por diversos pesos e estilos). Também pode-se escolher uma segunda tipografia para usos somente em títulos, para suprir uma necessidade ou para melhorar a visualização no meio digital como sites e aplicativos.
    • Fundos fotográficos: serve para orientar a aplicação da logo em fundos fotográficos ou de imagens, respeitando o contraste necessário ou tipo de aplicação estipulada pelo manual.
    • Usos indevidos da identidade visual: outro ponto super importante do manual, onde apresentamos situações possíveis de usos indevidos que podem surgir pela falta de orientação do uso da marca, para reforçar a não descaracterização da marca.
    • Aplicações dos materiais: para finalizar o manual podem-se utilizar diretrizes, como medidas ou orientações para a criação dos materiais por exemplo: papelaria institucional, uniformes, frota, embalagens, sinalização, interior etc, ou somente imagens das aplicações da identidade visual para demonstrar os materiais existentes – os famosos mockups.

Como coloquei acima, um Manual de Identidade Visual não possui regras rígidas para seguir, porém há a necessidade de existirem informações mínimas para que haja um melhor entendimento das suas aplicações.

E para você, fez sentido?

Até mais!

Rafael Boardmann – Designer Simples

Confira nossos cases no Behance da Simples.

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